“Nada deve ser proibido, nem mesmo o açúcar”, alertam médicos sobre diabetes
O segredo é comer pouco, de tudo e várias vezes ao dia
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Após a confirmação do diagnóstico de diabetes, é comum as pessoas acreditarem que basta tomar um remedinho para a doença parar de incomodar. Além disso, a maioria entra em desespero ao pensar que o pão francês do café da manhã, a macarronada de domingo e a sobremesa após a refeição serão substituídos por uma dieta restrita, insossa e sem nenhuma pitada de açúcar.
Diabetes: má alimentação e estilo de vida são vilões da doença
Em entrevista ao R7 para a série especial, o endocrinologista Márcio Krakauer, presidente da Adiabc (Associação de Diabetes do ABC) e coordenador da campanha do Dia Mundial do Diabetes da SBD (Sociedade Brasileira de Diabetes), garante que esta realidade não faz mais parte do universo de quem tem diabetes.
— Com o avanço do tratamento, a técnica de contar carboidratos e o conhecimento da doença, nada mais é proibido, nem mesmo o açúcar. Para conviver bem com a doença e prevenir as temidas complicações, é fundamental adotar hábitos de vida saudáveis.
O excesso de açúcar no sangue — sinônimo do mau controle da doença — pode desencadear uma série de complicações em todo o corpo, como retinopatia diabética (lesão da retina do olho), nefropatia (alteração da função renal), problemas cardiovasculares, falta de sensibilidade nos membros inferiores (neuropatia) e até impotência sexual.
O primeiro passo para manter uma boa relação entre rotina diária e controle glicêmico é buscar informação, entender a doença e aceitá-la. A endócrino-pediatra Denise Ludovico, da ADJ Brasil (Associação de Diabetes Juvenil), avisa que o nome deste “relacionamento” é educação em diabetes e tende a facilitar a adesão ao tratamento de forma natural.
— Costumo dizer que o diabetes precisa ser adaptado à vida do paciente e não ele se adaptar ao diabetes. A alimentação deve priorizar o paladar de quem vai comer, assim como o exercício físico deve ser escolhido de acordo com a aptidão e o prazer de quem vai praticar. Nada precisa ser imposto, mas negociado de acordo com o estilo de vida de cada paciente.
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